Ilhabela - SP |
A imagem passava dispersa
Quando me peguei alheia,
Pelo vão do meu portão.
Era a saudade lenta e doída
Que vinha na contramão!...
Prendi lembranças aos dedos,
Guardei-as na palma da mão.
Logo, a bela imagem dançava,
Encurtava mais a respiração!
Há algo muito ameaçador
No grande silêncio sem gestos,
Na ironia, algo mais violador...
O que fazer, não é mesmo?
Sou alguém incurável !
Agrada-me coisas simples.
Deixo os sonhos nas estrelas
E, as histórias na palma da mão.
Do nada... ando cansada!
Achegue-se aqui, sem embaraço,
Meu coração distraído...
Quer morar mesmo, num abraço!
outubro /2020