Abençoadas lembranças
vindas além, do outro lado.
E, viradas pelo avesso,
num dia bem azulado !
Há na rua várias crianças,
na tela simples do claro dia.
A doce ciranda da infância,
com leve ar de poesia...
E, teimando lá se vai ela,
a correr na grama molhada.
É uma saudade plantada,
pulando a velha janela...
No chão de olho fincado,
melancólico e acabrunhado,
descansa, aí, numa cadeira :
a emoção da vida inteira !
Por uma ou qualquer razão,
até mesmo bem ausente...
O poder da velha saudade,
sempre se mostra presente!
março/ 2012